Escola não é só aula

A escola não é apenas um espaço cognitivo, mas em especial de relações sociais. Ela é um local de encontro, e também um local que tem relações com a mídia e outros espaços culturais. Há de se questionar então qual tem sido a relação da escola com os outros locais sociais. A relação se manifesta em especial quando professores/as acabam muitas vezes expressando que outros lugares são mais interessantes que a escola. E no caso, o que está fora da escola, é a sociedade de consumo, que acaba por ditar as regras aos estudantes. Podemos constatar isso a partir da tipologia de estudantes que se apresenta nas escolas atualmente. São ditos como fracos, mau comportados, tensos, agitados e despreocupados com o conteúdo escolar. O problema é que o que está fora da escola não inclui a escola como um todo ou refere-se a sala de aula. A escola é um local de encontro entre os jovens e também de lazer, tornando-se, portanto, um espaço de socialização. Porém, para os estudantes a escola pode significar aulas monótonas, relações difíceis e desgastadas com professores, como também pode significar encontrar os amigos, ouvir música, namorar ou bater um papo. Poderíamos dizer que para o estudante” é uma alegria vir para a escola e um sofrimento entrar em sala de aula”.

Portanto, devemos pensar a juventude a partir da multiplicidade para podermos desenvolver uma educação emancipatória dentro da dimensão humana e cidadã. Precisamos deixar de lado a nostalgia para poder pensar novas formas de trabalhos escolares com o caráter de inclusão em relação à juventude, levando em consideração e interagindo com os diversos espaços educativos que constituem a vida social dos jovens.